Filha da Anistia - De 26 de março a 18 de abril
Filha da Anistia - De 26 de março a 18 de abril
O espetáculo Filha da Anistia, com texto de Carolina Rodrigues e direção de Helio Cícero, estreia dia 25 de março, quinta-feira, no Instituto Capobianco, às 21h. A peça conta a história de uma jovem que vai em busca do pai que nunca conheceu e acaba descobrindo um passado de mentiras e omissões, forjado durante os Anos de Chumbo no Brasil.
A obra de ficção tem no elenco a própria autora (vivendo Clara e Iara), o diretor (como Jorge) e Alexandre Piccini (o jovem Jorge). O enredo se desenvolve a partir da memória de Jorge, um personagem que militou na resistência a repressão política durante a ditadura militar e que agora precisa revelar o passado e suas drásticas consequências para a sobrinha Clara, que desconhece tanto a sua origem familiar quanto a história de seu país.
O projeto Filha da Anistia nasceu após três anos de pesquisa. Carolina Rodrigues e Alexandre Piccini mergulharam em arquivos públicos e bibliotecas; leram livros, teses e biografias; conheceram e entrevistaram militantes. Mas o texto resultou do processo de criação durante os ensaios. Carolina, junto com Cicero e Piccini, foi traçando os caminhos do enredo. Ela recebeu orientação dramatúrgica de Samir Yazbek até chegar ao texto final.
A peça provoca no espectador a reflexão sobre esse período da política nacional por meio da história de uma família despedaçada pela ditadura. A montagem revela os dois lados da sociedade, inserida nesse contexto: o da omissão e do conformismo e o da luta pela liberdade cerceada pela repressão. “Meu orgulho é ter conseguido realizar esse trabalho sem armas no palco e sem nenhuma cena de tortura”, revela o diretor Helio Cicero. “A repressão não tinha cara, não tinha identidade; uma arma apontada não é o elemento mais importante para mostrar que não temos liberdade”.
A ditadura é exposta por meio das lembranças do personagem Jorge sobre os encontros e conversas com a irmã Iara. A direção buscou um ritmo ágil para essas cenas do passado, explorando os diálogos sem didatismo e discurso político. O texto mostra o amor fraterno em meio a irreverência da juventude e ao inconformismo para revelar as consequências devastadoras da repressão aqueles que lutaram pela liberdade.
O enredo:
A história se passa no ano de 2009. Clara é uma advogada de 30 anos que procura refazer sua história desde o nascimento, quando foi morar com os avós paternos. Tudo que tem é o endereço de seu suposto pai, Jorge, que a avó lhe deu antes de morrer. Sua história é um mistério, contaram-lhe que seu nascimento ocasionou a morte da mãe e nunca viu o pai pessoalmente, cuja presença era inaceitável pelo avô militar.
Com a morte da avó, Clara resolve procurar pelo pai e esclarecer o passado, mas ela não imaginava que sua vida seria radicalmente transformada a partir das revelações deste encontro. Ao perceber o abismo cultural e histórico entre a sua geração e a de Clara, Jorge é acometido por duras lembranças e toma consciência da herança deixada pela ditadura nas gerações posteriores ao golpe.
Ao tentar recuperar a trajetória vivida por ele e seus companheiros na juventude e provocar a reflexão em Clara, que cresceu alheia a esse processo histórico, Jorge revela que é, na verdade, seu tio, irmão de sua mãe, Iara. A jovem então descobre que sua mãe e seu tio foram jovens militantes da resistência contra a ditadura militar, após o golpe de 1964, e que sua mãe - grávida do namorado, também militante - perdera a vida após ser presa e torturada pela repressão. A criação da pequena Clara foi assumida pelos avós, que inventaram uma história fantasiosa e descabida.
Todas as certezas de Clara caem por terra diante de tão duras revelações sobre seu passado familiar e sobre um período da história do País que poucos conhecem e que a maioria prefere esquecer. Para ela, isso não será mais possível.
Ficha Técnica:
Espetáculo: Filha da Anistia
Dramaturgia: Carolina Rodrigues
Direção: Helio Cicero
Orientação dramatúrgica: Samir Yazbek
Elenco: Alexandre Piccini, Carolina Rodrigues e Helio Cicero
Direção de arte e cenário: Laura Carone Cardieri
Iluminação: Osvaldo Gazotti
Figurino: Telumi Hellen
Trilha e música original: Alexandre P. Ribeiro
Preparação corporal: João Otávio
Projeto gráfico e vídeos: Hórus Produções
Fotografia: Vitor Vieira
Produção executiva: Silvia Marcondes Machado
Direção de produção: Carolina Rodrigues
Filha da Anistia:
Estreia para convidados: 25 de março – quinta - às 21h
Estreia para o público: 26 de março – sexta – às 21h
Debates: 4, 11 e 18 de abril – domingos – às 19h30min (após apresentação)
Instituto Capobianco – Teatro da Memória - www.institutocapobianco.org.br
Rua Álvaro de Carvalho, 97 – Centro/SP – Tel: (11) 3237-1187.
Temporada: quinta, sexta e sábado ( às 21h) e domingo ( às 18h) – Até 18/04
Ingressos: R$ 20 ( Meia entrada: R$ 10) - Duração: 80 minutos - Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Bilheteria: 1h30min antes do espetáculo.
Aceita dinheiro e cheque. Faz reservas por telefone. Ar condicionado
http://www.portocultura.com.br/teatro/index.php?id=6&idNot=6153
A obra de ficção tem no elenco a própria autora (vivendo Clara e Iara), o diretor (como Jorge) e Alexandre Piccini (o jovem Jorge). O enredo se desenvolve a partir da memória de Jorge, um personagem que militou na resistência a repressão política durante a ditadura militar e que agora precisa revelar o passado e suas drásticas consequências para a sobrinha Clara, que desconhece tanto a sua origem familiar quanto a história de seu país.
O projeto Filha da Anistia nasceu após três anos de pesquisa. Carolina Rodrigues e Alexandre Piccini mergulharam em arquivos públicos e bibliotecas; leram livros, teses e biografias; conheceram e entrevistaram militantes. Mas o texto resultou do processo de criação durante os ensaios. Carolina, junto com Cicero e Piccini, foi traçando os caminhos do enredo. Ela recebeu orientação dramatúrgica de Samir Yazbek até chegar ao texto final.
A peça provoca no espectador a reflexão sobre esse período da política nacional por meio da história de uma família despedaçada pela ditadura. A montagem revela os dois lados da sociedade, inserida nesse contexto: o da omissão e do conformismo e o da luta pela liberdade cerceada pela repressão. “Meu orgulho é ter conseguido realizar esse trabalho sem armas no palco e sem nenhuma cena de tortura”, revela o diretor Helio Cicero. “A repressão não tinha cara, não tinha identidade; uma arma apontada não é o elemento mais importante para mostrar que não temos liberdade”.
A ditadura é exposta por meio das lembranças do personagem Jorge sobre os encontros e conversas com a irmã Iara. A direção buscou um ritmo ágil para essas cenas do passado, explorando os diálogos sem didatismo e discurso político. O texto mostra o amor fraterno em meio a irreverência da juventude e ao inconformismo para revelar as consequências devastadoras da repressão aqueles que lutaram pela liberdade.
O enredo:
A história se passa no ano de 2009. Clara é uma advogada de 30 anos que procura refazer sua história desde o nascimento, quando foi morar com os avós paternos. Tudo que tem é o endereço de seu suposto pai, Jorge, que a avó lhe deu antes de morrer. Sua história é um mistério, contaram-lhe que seu nascimento ocasionou a morte da mãe e nunca viu o pai pessoalmente, cuja presença era inaceitável pelo avô militar.
Com a morte da avó, Clara resolve procurar pelo pai e esclarecer o passado, mas ela não imaginava que sua vida seria radicalmente transformada a partir das revelações deste encontro. Ao perceber o abismo cultural e histórico entre a sua geração e a de Clara, Jorge é acometido por duras lembranças e toma consciência da herança deixada pela ditadura nas gerações posteriores ao golpe.
Ao tentar recuperar a trajetória vivida por ele e seus companheiros na juventude e provocar a reflexão em Clara, que cresceu alheia a esse processo histórico, Jorge revela que é, na verdade, seu tio, irmão de sua mãe, Iara. A jovem então descobre que sua mãe e seu tio foram jovens militantes da resistência contra a ditadura militar, após o golpe de 1964, e que sua mãe - grávida do namorado, também militante - perdera a vida após ser presa e torturada pela repressão. A criação da pequena Clara foi assumida pelos avós, que inventaram uma história fantasiosa e descabida.
Todas as certezas de Clara caem por terra diante de tão duras revelações sobre seu passado familiar e sobre um período da história do País que poucos conhecem e que a maioria prefere esquecer. Para ela, isso não será mais possível.
Ficha Técnica:
Espetáculo: Filha da Anistia
Dramaturgia: Carolina Rodrigues
Direção: Helio Cicero
Orientação dramatúrgica: Samir Yazbek
Elenco: Alexandre Piccini, Carolina Rodrigues e Helio Cicero
Direção de arte e cenário: Laura Carone Cardieri
Iluminação: Osvaldo Gazotti
Figurino: Telumi Hellen
Trilha e música original: Alexandre P. Ribeiro
Preparação corporal: João Otávio
Projeto gráfico e vídeos: Hórus Produções
Fotografia: Vitor Vieira
Produção executiva: Silvia Marcondes Machado
Direção de produção: Carolina Rodrigues
Filha da Anistia:
Estreia para convidados: 25 de março – quinta - às 21h
Estreia para o público: 26 de março – sexta – às 21h
Debates: 4, 11 e 18 de abril – domingos – às 19h30min (após apresentação)
Instituto Capobianco – Teatro da Memória - www.institutocapobianco.org.br
Rua Álvaro de Carvalho, 97 – Centro/SP – Tel: (11) 3237-1187.
Temporada: quinta, sexta e sábado ( às 21h) e domingo ( às 18h) – Até 18/04
Ingressos: R$ 20 ( Meia entrada: R$ 10) - Duração: 80 minutos - Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Bilheteria: 1h30min antes do espetáculo.
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